Fomos ateh nossa residência de hospedagem p/ tomar caldo de sururu p/ fortalecer nossos corpos sarados p/ nossa terceira noite de forró. Jantamos conversando sossegadamente, tomando pratos fundos de caldo de sururu, q/ eh centenas de vezes mais delicioso e mais saudável q/ cuscuz c/ cachaça, cardápio tradicional de forró de meia noite. Partimos p/ areia assim q/ ouvimos sanfona chamando, agitada e atiçadora, pronta p/ fazer cada um ferver seus pés descalços pela areia noturna viajante. Dançamos abraçados e frenéticos por uma hora e meia s/ problemas ateh q/ eu ouvi uma voz engrolada dizer em alemão: *Friederich chegou, forró!* Olhei e reconheci aquele alemão predatório q/ soquei em seu olho esquerdo uns dois anos atrás. Ele chegou cheio de prosa, c/ uma ginga endurecida gritante ridícula, entrando p/ festa aberta a todos. Era um loiro de olhos azuis branco feito um bigato de goiaba e duas cabeças mais baixo q/ eu. Ele chegou e sorriu. Foi bem recebido pelo pessoal de forró daquela noite. Não fez caso c/ nada e c/ ninguém mas eu sabia q/ ele lembrava mui bem de mim então não esperava uma noite mui tranqüila entre ele e eu por lah. Continuamos dançando alegremente. Dancei c/ minhas esposas e minhas sogras e todas mulheres presentes, mas c/ minhas esposas principalmente, q/ tiveram convites de outros homens, conhecidos de forró de meia noite. Elas dançaram inclusive c/ Friederich, q/ pediu uma dança p/ cada uma de minhas esposas e minhas sogras, dançando c/ cada uma delas meia dúzia de vezes. Eu contei dança por dança, observando atentamente p/ ver se não rolava covardia dele c/ elas. Não rolou mas essas danças dele c/ elas geraram um comentário em voz alta nada honroso dele p/ c/ elas dito p/ mim diretamente de propósito. Aquilo pedia q/ eu marretasse seu focinho. Foi o q/ fiz. Ele e eu revolvemos aquele salão de areia inteiro, à sombra noturna de cajueiros, socando um ao outro em uma briga boa p/ levantar cortina de areia. Friederich foi parar debaixo de nossa mesa de cachaça c/ um soco mui bem marretado em seu olho esquerdo e outro soco mui bem marretado em seu queixo. Sou mui bom p/ mandar meus antagonistas à nocaute p/ lona. Nada em Jericoacoara eh feito c/ pressa, a menos q/ seja um incêndio. Um boticário local e um médico turista diagnosticaram Friederich como posto p/ dormir à força. Catei aquele estorvo e enfiei em uma rede armada pelos cajueiros ali perto. Voltei p/ forró ouvindo roncos daquele tipo às minhas costas, misturados à sanfona e ao triângulo q/ cantavam em nosso salão de areia, p/ onde eu voltava. Dançamos excitados c/ aquela movimentação fenomenal de testosterona, q/ aquele alemão imbecil tinha sabotado em si mesmo c/ muita cachaça, como seu bafo de porco mostrou p/ mim. Dançamos ateh 05:00 dessa vez, voltando p/ casa p/ comer e dormir, c/ minhas prendas em peso, principalmente Cleo e Janine, cuidando de meus ferimentos de raspão. Saímos às 07:00, depois de um café de manhã de frutas e sucos, p/ ir p/ Lagoa Paraíso p/ mergulhar em suas águas mornas refrescantes relaxantes. Quedamos por lah pela manhã inteira, mergulhando e nadando como golfinhos humanos. Rumamos p/ Praia de Pedra Furada, caminhando pelo litoral jericoacoarano ateh ela, não muito distante de onde estávamos. Encontramos Tio João, q/ veio dizer um olá e saber de encomenda de almoço, dando-me parabéns pela surra naquele alemão predatório. Pedimos fritada de camarão temperado c/ molho de picadinho de caju c/ suco de limão p/ beber. Demos um mergulho p/ refrescar. Voltamos p/ areia p/ lagartear mas não ficamos ao sol por muito tempo. Quedamos debaixo de coqueiros, vencidos pelo cansaço, dormindo um sono gostoso vigiado pelas areias rosadas levadas pelo vento calmo. Tio João acordou a todos c/ um almoço cheiroso aos nossos pés, cujo aroma era trazido à nós, c/ areia moidíssima, pelo vento escultor incessante. Almoçamos c/ gosto, forrando nossas barrigas saradas c/ comida nativa perfeita. Repousamos um cadito, conversando sobre farra p/ nossas férias restantes em uma caminhada comprida pela beira de praia tranqüila p/ visitar Praia de Preá, c/ suas águas claríssimas.
Roma: golpe de adaga certeiro mui hábil, direto em garganta de um interlocutor safardana, q/ estava fazendo o q/ não deveria ser feito c/ quem não deveria ser feito, eh outro exemplo poético capaz de alegrar espírito de quem tem algum espíto bélico. uh-uh
obs.: Eduardo Takashi Tikazawa, eu estou observando vc, guri!
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