quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Oi, Galera da Torre de Guardian Nemesis!!! uhuhuh


Ordem de manhã: reorganizar sala depois de troca de presente e repreparar nossa refeição natalina. Minhas esposas e minhas primas cuidaram de retocar decoração natalina de sala. Minhas sogras e minhas tias foram preparar almoço de natal em sua cozinha colonial de fazenda. Eu, meus primos, meus tios fomos cavar covas p/ churrasco de fogo de chão, empalar cachaço p/ fazer carne de porco no rolete, preparar espetos de galhos, varrer lajeado p/ acomodar dançarinos e músicos. Enfim, cada um de nós estava se divertindo, cada um c/ sua tarefa, todos usando roupas gaúchas desde q/ descemos p/ desjejum. Algumas mulheres vinham ter conosco, trazendo copos de cerveja gelada e nacos pequenos de charque p/ acalmar nossos estômagos insaciáveis. Ora vinham minhas esposas, ora vinham minhas primas, ora vinham minhas sogras, ora vinham minhas tias, todas lindas em seus vestidos gaúchos de mangas e saias mais curtas protegidos por aventais de corpo inteiro, porejando suavemente pela lida pela cozinha e pela sala. Estavam preparando o q/ eu tinha trazido de chester, fiesta, lombo, peru, tender e usando o q/ tinha sobrado de carne de ceia de natal p/ fazer farofa e picadinho. Tia Pilar trouxe um cesto enorme lotado de nacos de charque p/ nós tostarmos, avisando: *Comida pronta. Tem fogo no fogão à lenha, se quiserem. Vamos trocar de vestido p/ fandango.* Eram 13:00 e nossos músicos tinham chegado, começando a tocar c/ suas gaitas e violas. Fizemos uma rodada de cuia de mate e meu Tio Pablo, outro espanhol encrenqueiro, fez um desafio p/ chula p/ mim. Aceitei. Nós ficamos ali trançando esporas em jogo de pés ateh nossas prendas voltarem, de banho tomado e vestido trocado, c/ flores pelos cabelos e s/ aventais pelos corpos, trazendo seus assados c/ seus acompanhamentos, q/ puseram em um mesão de pedra ao lado de nosso lajeado. Fomos intimados a ir buscar cerveja, champanhe, vinho. Obedecemos e voltamos carregados c/ tudo o q/ tinha. Fomos tomar ducha e trocar camisa, nós, homens todos, enquanto elas olhavam nosso charque. Voltamos mui guapos p/ beber, p/ comer, p/ dançar tarde afora pelo lajeado. Não tinha mais sinal de toda aquela cerveja, clara e escura, q/ eu tinha trazido, duas horas depois, mas ainda tinha muito champanhe, muito mate, muito vinho, c/ muito assado e muito charque e muito churrasco c/ muito porco em rolete. Eu e Tio Pablo retomamos nossa chula, q/ foi ampliada p/ homarada toda, e tudo foi provocação e risada. O finzinho de nossa farofa e de nosso picadinho, c/ um pedaço generosíssimo de lombo c/ molho alemão, foi engolido por mim, q/ emborquei um canecaço de vinho tinto p/ coroar. Era uma festança de fandango de gauchada bebendo e comendo à larga, homens e mulheres em pé de igualdade, inclusive nosso padre, q/ ceou em casa e dormiu em casa conosco. Nós intercalamos muita bebida engolfada e muita comida engolida c/ muita dança entusiasmada. Foram chimarritas, fandangos sapateados, quatro passis, vaneras, vanerões, q/ são danças de pares homem e mulher, além de muita chula (dança de homem), muita dança de facões (dança de homem), muito pau de fita (dança de homem e mulher) p/ aproveitar lajeado mui bem, q/ foi abastecido de um mastro p/ dança de pau de fita. Nossos músicos faziam pausa p/ beber e comer conosco quando nós íamos beber e comer, voltando a tocar quando era hora de voltar a dançar. Não tinha mais uma migalha nas travessas e nós tínhamos assado nosso último lote de churrasco p/ depois de mais um pau de fita, terminado em muitas palmas. Mas... Começou a chover pela estância! Foi correria p/ pegar churrasco e panetone c/ vinho restante p/ correr c/ músicos e padre p/ nosso galpão. Sentamos em roda grande pelo chão, cada um ganhando um galho de churrasco p/ saborear, tomando vinho, bebida única q/ não tinha acabado ainda, aos goles à vontade pelo gargalo de garrafa ou de garrafão q/ passavam de mão em mão, de direita p/ esquerda e de esquerda p/ direita, cruzando-se pelo caminho. Ficamos ali bebendo, comendo, conversando ateh não ter mais um naco de churrasco ou de panetone, c/ vinho, de festança. Fomos p/ casarão.


obs.: Eduardo Takashi Tikazawa, eu estou observando vc, guri!


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