Acordei de madrugada, quase de manhãzinha, às 03:30, meia hora após meu horário diário normal de acordar quando não tem uma ou outra adaptação imprevista p/ fazer. Realmente: fico preguiçoso quando estou em férias. Dei um beijo muito suave em Diana p/ ela não acordar e rolei p/ lado p/ cair de minha cama s/ ruído. Catei minha camisa, q/ enfiei num segundo, peguei minha calça, q/ vesti em dois tempos. Peguei minhas botas e saí p/ sala. Fui p/ varanda p/ calçar minhas botas lah. Fui p/ rio. Um rio de águas claras, geladas adequadamente àquela hora, distante uma caminhada respeitável de casa. Cronometrei meu horário de partida e paguei uma corrida ateh lah. Foi arrancar minhas roupas quando chegado p/ mergulhar fundo naquele pólo sul liquefeito p/ molhar tudo q/ eu tenho de meu realmente nesse mundo em milésimos de segundo. Esfreguei meu corpo inteiro c/ areia de fundo de rio. Mergulhei de novo e nadei rio acima embaixo dágua por um minuto. Uma truta tarada foi esfregar suas escamas em minha bunda. Nadei por cima dágua contra correnteza enquanto deu vontade. Parei p/ deixar meu rio trazer este gaúcho guapo de volta p/ onde minhas roupas estavam. Saí p/ grama, escorrendo água por todos meus poros, p/ praticar tai chi chuan, nuzão e tesudão pela grama. Tinha sol fracote surgindo atrás de mim, outro tarado q/ veio espiar este gaúcho guapo por trás. Fiz meus exercícios relaxantes ateh não sentir mais umidade pelo corpo. Vesti minha indumentária (oh!) e voltei p/ casa de meus tios, vendo q/ meu relógio nunca tirado de meu pulso (um hábito) continuava vivo. Cheguei encontrando mesa de café c/ coisas gostosas.
Comi bolo e broa c/ geléia e mel e tomei uma cumbuca de leite puro e uma xícara de café quente. Fui pentear meu cabelo, c/ minha roupa secando meu corpo onde faltava, pq eu estava parecendo um passarinho arrepiado q/ caiu em uma poça de chuva. Ia ser um dia danado, tchê! Eu fui pegar lenha p/ minha tia e meu tio berranteou pela charqueada chamando sua peonada p/ batente de festa. Eu jah estava voltando c/ uma pá depois de tirar uns toretes de uma pilha de lenha p/ forno de barro p/ cavar solo p/ preparar um churrasco de fogo de chão. Cavei uma meia dúzia boa de covas fundas e largas, boas p/ conter espetos grossos de carne vermelha e um e outro charque p/ tostar p/ dar um toque de artefinalista nessa guloseima. Uns três camaradas mais fortes vieram ajudar a separar novilho p/ torneio de laço enquanto toda gauchada restante ia ver gado pela pastagem como de praxe. Minhas tias tinham dado um café de manhã p/ cada um deles q/ quisesse forrar seu bucho se não tivessem comido em casa c/ suas esposas quando aquele dia tinha começado, isto eh, todos aqueles q/ não tinham ido p/ pastagem, uhuhuh! Meu tio avisou q/ tinha um tordilho p/ doma. Maravilha, tchê! Minha tia avisou q/ nosso almoço estava por nossa conta e q/ tinha gauchada vindo p/ festa aos montes então nós q/ cuidássemos de tudo pq elas, mulheres, iam cuidar de sua roupa de festa. Minhas prendas vieram tomar café de manhã. Eram minhas esposas e minhas sogras forrando suas barriguinhas, pq quem tem bucho sou eu, enquanto eu cavava terra lah fora. Palavra de tia não volta atrás: elas tomaram café a gosto p/ ir ajustar seus vestidos p/ festa, s/ um pingo de dó de nós, tchê!
obs.: Eduardo Takashi Tikazawa, eu estou observando vc, guri!
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