Gargalhada atrás de gargalhada foi o q/ eu dei de boas vindas p/ minhas sogras. Tocava explicar quando consegui falar q/ era assim mesmo e não tinha jeito. Minhas tias nunca revelaram seu segredo de molho especial p/ truta assada p/ ninguém q/ não fosse de nossa família. Elas ficaram araras emputecidas pq sentiram-se insultadas. Afinal elas eram minhas sogras e eu era daquela família, logo elas eram daquela família também por tabelinha, então era inadmissível q/ elas ficassem s/ saber daquela receita de molho especial p/ peixe assado. Tinha um alarme mui barulhento de perigo tocando em meus instintos. Tocava explicar melhor: minhas tias não revelavam seu segredo p/ ninguém q/ não fosse de sua família se esta pessoa não se mostrasse merecedora de saber por ter interesse verdadeiro de aprender p/ usar c/ reverência e tradição. Eu não sabia de seu segredo familiar também e tinha tentado descobrir muitas vezes, mas como eu nunca acertava sua receita inteira eu ficava s/ saber de nada. Elas não diziam nem o q/ eu tinha acertado realmente em minhas tentativas. Tudo p/ dificultar realmente, s/ ter um caminho indicativo. Havia exceção em uma ocasião: geração passava seu segredo p/ geração se quem conhecesse aquela receita fosse morrer correndo risco de nunca haver transmitido seu legado p/ alguma filha ou neta ou sobrinha. Poderia ser p/ um homem gourmet em último caso.
Minhas sogras acalmaram. Serenaram de vez quando eu disse q/ elas poderiam tentar adivinhar ingredientes daquela receita durante nosso jantar. Mas uma de cada vez, dando sua hipótese de receita inteira. Qq coisa a mais ou a menos q/ falassem faria minhas tias responderem simplesmente: *nada disso!*. Minhas sogras teriam q/ ficar conformadas em tentar adivinhar s/ ter minhas tias dando dicas, nem mesmo uma pista. Chamei todas p/ um banho familiar conosco (meu erotismo q/ ficasse de molho, uhuhuh) e toca minhas sogras fazerem um monte de perguntas p/ mim sobre aquele molho enquanto iam despindo roupa e entrando em nossa tina, trazendo buchinhas e sabonetes c/ elas, p/ nosso banho. Avisei q/ elas não pensassem q/ minhas tias fizeram todas picar tempero p/ peixe pq aquelas plantas eram p/ temperar novilho de dia seguinte. Minhas tias eram safas em dissimular e distrair. Dei meus três palpites de ingredientes de molho p/ elas aquietarem e terem o q/ pensar: iogurte, limão, maracujá. Foi um banho alegre mui borbulhante depois dessa conversa. Saí dali por último. Não q/ eu demore mais q/ elas p/ tomar banho mas sou homem: não sou besta de perder oportunidade de ver catorze mulheres, uma a uma, levantarem-se de uma banheira c/ água c/ espuma escorrendo pelo corpo p/ saírem macias, perfumadas, quentinhas atrás de uma toalha de banho distante.
obs.: Eduardo Takashi Tikazawa, eu estou observando vc, guri!
Contato ---> Guardian_Nemesis@hotmail.com